Rival do Walmart que faliu no Brasil após escândalo bombástico de cantora pop

Em meio a uma rápida expansão desde sua fundação em 1984, a Forever 21 se consolidou como uma das principais marcas de moda casual ao lado de gigantes como Zara e H&M. Mesmo alcançando o marco de 817 lojas em todo o mundo, a empresa enfrenta uma crise financeira significativa.

Analisando suas dificuldades, os especialistas apontam uma série de decisões estratégicas falhas que a levaram ao pedido de falência.

Entre os principais credores, estão empresas imobiliárias, como Brookfield Properties e Simon Property Group. Segundo especialistas, os problemas enfrentados pela Forever 21 são, em grande parte, resultado de suas próprias ações equivocadas. Isso inclui decisões empresariais que não acompanharam as mudanças do mercado, especialmente com a ascensão do comércio eletrônico.

Por que a ascensão das compras online afetou a Forever 21?

A transição do consumo para o ambiente digital afetou muitos varejistas tradicionais e a Forever 21 não foi exceção. O modelo de venda online, privilegiado por empresas como Asos e Fashion Nova, ganhou adeptos, oferecendo conveniência e uma vasta seleção de produtos.

Além disso, plataformas que se concentram em roupas de segunda mão, como a ThredUp, cresceram significativamente nesse período.

Apenas cerca de 16% das vendas da Forever 21 provinham do comércio eletrônico, uma participação muito pequena em comparação com os concorrentes. Essa inadequação no mercado digital se evidencia em um contexto onde o tráfego de consumidores em shopping centers tem diminuído, forçando os varejistas a se adaptarem rapidamente.

Investimento em lojas de grande porte

A estratégia da Forever 21 de abrir grandes lojas em shopping centers foi vista como arriscada. Essa abordagem resultou em espaços físicos extensos que a empresa teve dificuldade em gerenciar de forma eficaz. Para preencher essas lojas, a Forever 21 ampliou seu catálogo para incluir produtos fora de sua especialidade, como eletrônicos.

Analistas criticaram essa escolha. Lojas da concorrente Zara, por exemplo, são menos numerosas e mais estrategicamente localizadas nos EUA, permitindo uma gestão mais enxuta e eficiente.

Escândalos e controvérsias impactaram a Forever 21

Além dos desafios estratégicos e financeiros, a Forever 21 lidou com polêmicas que prejudicaram sua imagem pública. Casos como o processo movido por Ariana Grande e a distribuição controversa de barras dietéticas em compras online levantaram questões sobre sua sensibilidade nas práticas de marketing.

Em 2019, a cantora Ariana Grande processou a Forever 21 por violação de direitos autorais e de marca registrada. O processo foi movido por causa do uso indevido da imagem, estilo e música da artista em uma campanha publicitária. 

Além disso, a empresa enfrentou outras acusações de violação de direitos autorais por estilistas renomados e de copiar designs de criadores independentes, agravando ainda mais sua situação já fragilizada.

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