‘Relógio do juízo final’ registra 89 segundos para o fim do mundo; o que falta acontecer?
O chamado Relógio do Juízo Final, uma metáfora poderosa para medir a iminência de uma catástrofe global, foi ajustado para 89 segundos antes da meia-noite. Criado pelo grupo de cientistas nucleares conhecido como Bulletin of the Atomic Scientists, este relógio simbólico tem sido uma ferramenta crucial para alertar o público sobre as ameaças existenciais que a humanidade enfrenta.
Primeiramente estabelecido em 1947, o relógio marcava, então, sete minutos para a meia-noite, refletindo as tensões da Guerra Fria. Em seus melhores momentos, como após o fim da Guerra Fria em 1991, o relógio mostrou um confortante 17 minutos antes da meia-noite.
Apesar disso, os últimos ajustes refletem um mundo cada vez mais instável, onde diversas ameaças fazem soar um alarme contundente.
Fatores que influenciam a posição do Relógio do Juízo Final
Ao longo dos anos, o Relógio do Juízo Final tem considerado uma variedade de riscos ao ajustar seus ponteiros. Entre os principais fatores, estão as ameaças nucleares. Com a escalada de tensões internacionais e ameaças nucleares, especialmente em pontos críticos, como a invasão da Ucrânia pela Rússia, o perigo de um conflito nuclear continua a crescer.
Outro risco significativo são as mudanças climáticas. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, 2024 foi o ano mais quente já registrado, apontando para um caminho preocupante de devastação ambiental.
Apesar dos avanços em energias renováveis, como a solar e a eólica, as ações globais ainda são insuficientes para mitigar os impactos mais severos das alterações climáticas.
Como as novas tecnologias impactam o Relógio do Juízo Final
A rápida evolução de tecnologias emergentes também foi considerada pelos cientistas ao mover os ponteiros do relógio. A inteligência artificial, por exemplo, está sendo usada em aplicações militares, o que adiciona uma camada de complexidade e preocupação com seu potencial de causar danos em grande escala.
Além disso, o uso potencialmente inadequado de avanços na ciência biológica poderia resultar em consequências imprevistas, semelhante ao que se viu durante a pandemia de COVID-19. Essas tecnologias, enquanto potencialmente benéficas, precisam de regulamentação cuidadosa para evitar catástrofes.