Lula e a onda de cortes no Bolsa Família: já foram mais de 300 mil inscritos; você está no meio?

Recentemente, o governo federal cancelou 325.475 cadastros do Bolsa Família num intervalo de um mês, de dezembro de 2024 a janeiro de 2025. Esse ajuste afetou 5.021 cidades, representando cerca de 90% do total de municípios do país.

Atualmente, 20,5 milhões de famílias estão inscritas no programa, uma diminuição em relação aos 20,8 milhões verificados em dezembro do ano passado. Essa redução levou a uma economia nos gastos, passando de R$ 14,1 bilhões mensais para R$ 13,8 bilhões.

Apesar da queda no número de inscritos, a quantidade de beneficiários permanece significativamente superior à do período pré-2019, quando foi registrado um expressivo aumento decorrente das políticas adotadas após a pandemia.

O que motivou os cortes no Bolsa Família?

O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) afirma que a redução não busca meramente a economia fiscal, mas visa garantir que apenas aqueles que atendem aos critérios de elegibilidade recebam os benefícios.

Para isso, o governo implementou um processo de averiguação cadastral para detectar e eliminar fraudes. Essa verificação faz parte de um esforço desde o início de 2023 para melhorar a integridade dos registros no Cadastro Único.

Economia e impacto fiscal

Com a meta de economizar R$ 4 bilhões neste ano e em 2026, o corte no Bolsa Família parece ser um componente central da estratégia do governo para equilibrar as finanças públicas. 

Contudo, o Ministério da Fazenda vê nesses cortes uma oportunidade de alinhar o programa aos critérios de elegibilidade, sem necessariamente implicar em um corte drástico dos recursos destinados ao bem-estar social.

Esse movimento de reestruturação não busca apenas atender aos critérios de economia fiscal, mas também aperfeiçoar a alocação de recursos para assegurar que aqueles que realmente precisam do Bolsa Família tenham acesso aos seus benefícios.

A continuidade dessas ações sugere um caminho de ajustes para melhorar a eficiência e a governança social do Brasil. Além disso, as revisões periódicas avançam na detecção de fraudes, ajudando a garantir que o programa continue a ser uma ferramenta eficaz no combate à pobreza e desigualdade.

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