Itaú, BMG e outros bancos cancelam o consignado do INSS; veja a lista completa
Uma controvérsia está em andamento entre o governo federal e instituições financeiras que resultou na restrição da concessão de crédito consignado para segurados do INSS. O empréstimo consignado é conhecido pela facilidade que proporciona, com descontos automáticos nas aposentadorias.
Os bancos alegam que o teto da taxa de juros imposta inviabiliza a continuidade do empréstimo consignado, considerando os custos de captação. O governo, por sua vez, resiste a aumentar essa margem, mesmo diante da pressão de diversas instituições financeiras.
Várias instituições decidiram parar ou limitar a oferta do crédito consignado. Veja:
- Itaú/Unibanco: Anunciou a suspensão por causa dos altos custos de captação associados ao teto vigente de juros.
- Banco Pan: Foi a primeira instituição a restringir o consignado, alegando incompatibilidade entre os custos de captação e o teto dos juros.
- Banco Mercantil: Reforçou a inviabilidade da operação do consignado diante do atual cenário econômico.
- Banco BMG: Também entrou na lista, citando razões semelhantes para a restrição na concessão do crédito.
Recentes mudanças na taxa Selic, utilizadas como referência para as taxas de juros no Brasil, influenciam diretamente as decisões das instituições financeiras.
Impactos da política de juros Selic no consignado
O descasamento entre as políticas de juros Selic e a taxa máxima do crédito consignado tem causado um efeito dominó. Quando a Selic é reduzida, espera-se que o custo dos empréstimos também diminua. No entanto, com os recentes aumentos, os bancos esperam uma reação semelhante na política de consignado. A ausência de ajustes tem resultado nessas restrições.
Os beneficiários do INSS devem estar atentos às mudanças e buscar informações sobre quais instituições ainda oferecem o crédito, além de observar possíveis atualizações nas políticas relacionadas aos juros de crédito consignado.