“Ela que faça”: Lula joga responsabilidade dos combustíveis na Petrobras

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esclareceu nesta quinta-feira (30) rumores de que teria autorizado um aumento no preço do óleo diesel. Lula afirmou que, mesmo diante de uma decisão da Petrobras para reajustar preços, o custo final do diesel nas bombas deverá permanecer abaixo dos valores praticados em dezembro de 2022. Esse período marcou o fim do governo anterior, liderado por Jair Bolsonaro.

Em sua declaração, Lula enfatizou a disposição para dialogar com os caminhoneiros, caso ocorra insatisfação semelhante à greve de 2018. Naquela ocasião, o movimento dos caminhoneiros gerou impacto significativo na inflação. 

“Eu não autorizei o aumento do diesel. Porque desde o meu primeiro mandato, eu aprendi que quem autoriza o aumento do petróleo e dos derivados de petróleo é a Petrobras, e não o presidente da República”, disse Lula durante coletiva.

“Se ela [Petrobras] for fazer, ainda assim vai garantir que o preço do diesel fique abaixo do que era em dezembro de 2022. Mas ainda não fui avisado, e ela não precisa me avisar. Se ela tiver uma decisão de que, para a Petrobras, é importante fazer o reajuste, ela que faça e comunique a imprensa”, continuou o presidente.

Possível impacto do aumento do diesel nos caminhoneiros

Apesar das críticas à política econômica de seu governo, Lula busca assegurar estabilidade e tranquilidade ao dialogar amplamente. A crítica mais recente veio de Gilberto Kassab, presidente do PSD, que descreveu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como “fraco”.

Esse cenário exige estratégias eficazes de negociação e políticas sólidas para minimizar conflitos como os de 2018.

Inflação dos alimentos

Outro ponto de preocupação do governo Lula é a crescente inflação nos preços dos alimentos, que tem afetado intensamente o orçamento das famílias brasileiras. Produtos fundamentais como arroz e feijão registraram aumentos superiores à média nacional.

Lula sinalizou sua intenção de agir com prudência, evitando medidas abruptas que possam criar mercados paralelos, uma prática que prejudicaria o consumidor final.

As estratégias contempladas pelo governo incluem discussões com setores produtivos, como os produtores de soja e carne. Esta abordagem visa esclarecer os motivos por trás das oscilações de preços, que muitas vezes são atribuídas a fatores externos, como exportações. 

Reajuste

Recentemente, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, informou a necessidade de reajustar o preço do diesel diante das defasagens em relação ao mercado internacional, que alcançam até 16%.

Tal situação representa um desafio para o governo, que busca balancear os interesses econômicos com a estabilidade social.

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