Dona da Bombril faz algo inacreditável para evitar o suposto fim da marca
Em um período de instabilidade financeira, a Bombril, renomada empresa do setor de produtos de limpeza, enfrentou uma série de eventos significativos ligados à sua estrutura acionária.
A Newco International Ltd, controladora da empresa, realizou transações relevantes envolvendo suas ações ordinárias, despertando atenção no mercado financeiro pouco antes do pedido de recuperação judicial.
As movimentações ocorreram em um cenário desafiador para a empresa, que lida com dívidas expressivas e problemas legais que comprometeram suas operações. Essas ações inserem-se em uma estratégia para mitigar riscos enquanto a Bombril busca se reposicionar financeiramente e evitar consequências graves no longo prazo.
Por que a Newco vendeu ações da Bombril?
A venda de ações realizada pela Newco International Ltd, empresa ligada a Ronaldo Sampaio Ferreira, foi interpretada por especialistas como uma tática de proteção patrimonial.
A transferência de 103.273.447 ações ordinárias, que representavam anteriormente a totalidade deste tipo de ação pela Newco, fez parte de um movimento estratégico para isolar riscos. Essa decisão de redirecionar parte das ações para a pessoa jurídica tem sido vista como uma forma de resguardar ativos diante da possibilidade de falência.
A mudança visou evitar a contaminação de patrimônio pessoal, já que passivos da pessoa física podem ser afetados em caso de falência empresarial. Essa prática, comum em momentos de incerteza financeira, busca blindar o patrimônio pessoal de Ronaldo Sampaio Ferreira, que exerce papel de destaque na administração da Bombril.
Pedido de recuperação judicial
O pedido de recuperação judicial, protocolado a despeito das vendas de ações, reflete a situação crítica enfrentada pela Bombril. A empresa, com uma dívida de aproximadamente R$ 2,3 bilhões, precisou buscar proteção judicial para reestruturar suas obrigações financeiras.
Decisões judiciais já haviam imposto penhoras sobre unidades fabris, ameaçando a continuidade das operações essenciais da companhia.
A recuperação judicial surge como um desdobramento natural diante da incapacidade de acessar crédito favorável, conforme alegado pela empresa.
Após o anúncio do pedido de recuperação, as ações preferenciais da Bombril experimentaram uma queda considerável no mercado. O índice de desvalorização chegou a 36,5% durante o pregão, refletindo o sentimento de incerteza e cautela dos investidores quanto à capacidade da empresa de superar seus desafios financeiros.