Cidade mineira aprova proibição do Funk: “não devia passar nem perto das escolas”

Recentemente, o prefeito Felipe Carielo, de Carmo do Rio Claro, em Minas Gerais, tomou uma decisão polêmica ao assinar o decreto 5.905/25, que proíbe a execução de músicas do gênero funk em escolas municipais. 

Durante visitas às escolas da região, Carielo observou que músicas de funk estavam sendo tocadas e que algumas delas continham letras de duplo sentido. 

“Percebi nessas minhas visitas às escolas que tem músicas do estilo funk. E uma delas me chamou a atenção. Porque obviamente que os professores, os diretores, têm uma certa preocupação com relação às músicas e as letras que são tocadas. Mas algumas músicas de duplo sentido estavam sim sendo tocadas. É uma música que não deveria passar nem perto da escola e ela estava sendo tocada no ambiente escolar” – declarou o prefeito. (Via: G1)

A decisão foi anunciada na última segunda-feira (6), gerando debates entre educadores e a comunidade local.

O que diz o decreto municipal?

O Decreto 5.905/25 estabelece que músicas do estilo funk estão proibidas nas escolas da rede pública municipal de ensino e em eventos promovidos pela Secretaria Municipal de Educação. 

Além do funk, o prefeito destacou que outras músicas de diferentes gêneros, como pop rock ou sertanejo, também serão proibidas caso contenham letras de duplo sentido. Esse enfoque em letras consideradas inapropriadas foi uma das razões para a implementação do decreto.

Como será a implementação?

Para assegurar que a proibição seja respeitada, a prefeitura planeja realizar reuniões com professores e diretores antes do início das aulas. 

Durante esses encontros, eles receberão orientações detalhadas sobre como o decreto deve ser aplicado nas escolas. Essa iniciativa visa garantir que todos na comunidade escolar estejam cientes das novas diretrizes e possam colaborar de forma conjunta para cumprir a nova norma.

Repercussão da proibição

A decisão de Carielo vem recebendo críticas e apoio em igual medida. Para alguns, a medida é vista como uma forma de proteger a integridade do ambiente educacional. Já outros consideram que a proibição representa uma forma de censura cultural.

Especialistas debatem sobre a eficácia de uma proibição total do gênero musical e apontam para a importância de discutir o contexto e as mensagens das músicas dentro das escolas, promovendo um diálogo saudável entre os estudantes e os educadores.

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