A presidência brasileira do Brics, programada para 2025, não buscará propor uma moeda comum entre os países membros, como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além de outros países recentemente incorporados.
Em vez disso, o foco será na interligação dos sistemas de pagamento entre essas nações, visando aumentar o comércio e os investimentos através do uso de moedas locais.
Esta abordagem estratégica busca estimular a adoção de novas tecnologias, promovendo a eficiência e reduzindo os custos das transações.
O movimento pretende ser compatível com padrões internacionais, como os do Banco de Compensações Internacionais (BIS), sem provocar tensões com nações cujas moedas são atualmente dominantes no cenário mundial.
Objetivos da presidência brasileira do Brics para 2025
Um dos principais objetivos da presidência brasileira no Brics é avançar nas discussões sobre pagamentos transfronteiriços. A estratégia é melhorar a eficiência destas operações, o que inclui a possibilidade de integrar os sistemas através de tecnologias inovadoras, como o blockchain.
Isso pode reduzir a dependência do dólar sem que esse seja o foco principal, evitando assim antagonismos desnecessários.
A proposta busca explorar meios de tornar as transações mais baratas e ágeis, fomentando o comércio intra-Brics. Tal proposta não visa substituir o dólar como moeda de reserva, mas oferecer as moedas locais como alternativas viáveis para transações comerciais.
Pagamentos transfronteiriços
Entre os novos sistemas em discussão, destaca-se a ideia de utilizar o blockchain para baratear custos de transação e garantir maior segurança. O Brasil tem liderado iniciativas nesse sentido, especialmente após o sucesso do Pix, que já é amplamente utilizado e considerado seguro e eficiente.
Este sistema de pagamento instantâneo não só modernizou as transações financeiras no Brasil, mas também trouxe à tona o potencial das tecnologias digitais para transformar economias.