Aulas suspensas por conta do calor: veja as escolas que adotaram a medida
Em meio à onda de calor que atinge o Rio Grande do Sul desde a semana passada, o início das aulas na rede estadual, inicialmente marcado para esta segunda-feira (10), foi adiado.
Atualmente, apenas 27,3% das instituições de ensino disponibilizam ar-condicionado, conforme dados recentes. Este percentual revela que menos de um terço das escolas estão adaptadas para oferecer um ambiente confortável durante os períodos de calor extremo.
A importância de garantir conforto térmico adequado nas escolas está intimamente ligada à qualidade do ensino oferecido. Em muitas delas, a infraestrutura simplesmente não suporta a instalação desse tipo de equipamento.
Essa deficiência torna o ambiente escolar menos propício ao aprendizado, prejudicando especialmente alunos de famílias mais vulneráveis, que representam 42% da rede estadual de ensino.
Infraestrutura elétrica
Um dos principais obstáculos para a instalação de aparelhos de ar-condicionado nas escolas do Rio Grande do Sul é a precária infraestrutura elétrica.
Em muitos casos, a rede elétrica não foi projetada para suportar o aumento de carga necessário para o funcionamento desses aparelhos, o que impede o seu uso mesmo quando estão presentes.
A solução para a climatização nas escolas vai além de simplesmente adquirir aparelhos de ar-condicionado. É fundamental uma reestruturação da rede elétrica de acordo com as normas técnicas vigentes, o que inclui a instalação de subestações capazes de suportar o aumento da carga.
Este processo envolve desde uma vistoria técnica para avaliar as necessidades específicas até a aprovação de projetos pela concessionária de energia local.
Para enfrentar estes desafios, o governo do estado anunciou a destinação de R$ 180 milhões em melhorias nas escolas, através do programa Agiliza Educação. Este recurso será utilizado em diferentes frentes, como a compra de materiais didáticos, reformas básicas e atualização das redes elétricas e de climatização.