Além da bandeira verde na conta de luz, é possível abater até 65% de seu valor; veja como
No Brasil, o custo da energia elétrica pode variar consideravelmente ao longo do ano devido a diversos fatores que influenciam a geração e distribuição de eletricidade.
O regime de chuvas, por exemplo, é um dos principais elementos que interferem no preço da energia, já que o país depende majoritariamente de hidrelétricas.
Durante períodos de chuvas abundantes, os reservatórios das usinas hidrelétricas ficam cheios, garantindo uma geração mais barata e eficiente. No entanto, em tempos de seca, a capacidade de geração diminui, demandando o acionamento de usinas termelétricas, que apresentam custos mais elevados.
Além dos fatores climáticos, reajustes tarifários, encargos setoriais e impostos também são responsáveis por influenciar diretamente o valor final pago pelos consumidores.
Neste contexto, o sistema de bandeiras tarifárias surge como uma importante sinalização das condições de geração de energia e alertam sobre possíveis aumentos na conta de luz.
Em fevereiro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária permanecerá verde, um indicativo de que não haverá cobranças extra para os consumidores.
Como funciona o sistema de bandeiras tarifárias?
Criado para comunicar as condições de geração de energia, o sistema de bandeiras tarifárias oferece um mecanismo de ajuste automático cobrindo custos extras quando a geração elétrica se torna mais cara.
Divididas em quatro níveis, essas bandeiras alertam os consumidores a respeito das condições energéticas do país:
- Bandeira verde: Indica que não há custo adicional na geração de energia, sinalizando condições favoráveis.
- Bandeira amarela: Sugere condições menos favoráveis para geração de energia, resultando em uma taxa extra de R$ 18,85 por MWh.
- Bandeira vermelha patamar 1: Representa um cenário desfavorável, com aumento de R$ 44,63 por MWh.
- Bandeira vermelha patamar 2: Indica condições críticas, resultando em um custo adicional de R$ 78,77 por MWh.
Como as famílias de baixa renda podem reduzir sua conta de luz?
Para ajudar as famílias de baixa renda, o governo federal oferece a Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), que proporciona descontos na conta de luz conforme o consumo mensal.
Esta ajuda pode alcançar até 65% para famílias de baixa renda e 100% para populações indígenas e quilombolas registradas no Cadastro Único. Veja os descontos:
Faixas de consumo mensal | Desconto |
Consumo de até 30 kWh | 65% de desconto |
Consumo entre 31 kWh e 100 kWh | 40% de desconto |
Consumo de 101 kWh até 220 kWh | 10% de desconto |
Para se qualificar, é necessário que a família possua uma renda per capita de até meio salário mínimo ou seja beneficiária do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
As inscrições podem ser feitas diretamente junto à distribuidora de energia da região, com apresentação de documentos comprobatórios.