A rival da Natura vem à falência no Brasil e deixa indenizações no valor de R$ 200 milhões

A presença da Lush, uma renomada marca de cosméticos britânica conhecida por seu forte apelo sustentável, no Brasil tem sido marcada por uma série de altos e baixos.

Em 2018, a Lush encerrou suas atividades no país pela segunda vez, deixando um rastro de interesse e saudade entre seus clientes fiéis. Este encerramento não foi apenas uma decisão estratégica comum, mas o ápice de uma disputa jurídica que já se estende por mais de 15 anos, com compensações financeiras que podem ultrapassar os R$ 200 milhões.

A história da Lush no Brasil teve início em 1999, quando a empresária brasileira, Sandra Isper Rocha, motivada pela inovação e conceito da marca, trouxe a empresa para o mercado brasileiro.

Após várias tentativas, Sandra finalmente conseguiu convencer os fundadores da Lush a permitirem sua entrada no Brasil. Porém, essa história promissora teve uma reviravolta que culminou em problemas financeiros e desacordos significativos.

O que levou à saída da Lush do Brasil?

Inicialmente, o sucesso parecia garantido. A Lush abriu várias lojas no Brasil e rapidamente se destacou no mercado. Entretanto, problemas começaram a surgir quando a matriz britânica mudou as regras do jogo.

A exigência de pagamentos à vista por matérias-primas, que antes eram feitas com prazo de 120 dias, pressionou as operações financeiras da subsidiária no Brasil, criando um cenário insustentável.

Os desafios aumentaram em 2004 quando a Lush enviou auditores da Inglaterra para revisar as operações brasileiras, culminando na interrupção do fornecimento de matérias-primas em 2006 e na rescisão do contrato de licenciamento.

Este movimento abrupto significou o fechamento das operações de Sandra no Brasil, resultando em perdas financeiras substanciais.

Implicações legais da disputa

Desde 2007, Sandra está buscando na Justiça uma indenização pelas dívidas e lucros cessantes causados pelo fechamento inesperado de suas lojas. Documentos apresentados pela defesa indicam que a Lush reconhecia Sandra como sócia e planejavam aumentar sua participação no Brasil.

Este reconhecimento refutaria a alegação de que a rescisão do contrato foi apenas uma decisão de negócios, sugerindo um plano estratégico para dominar o mercado brasileiro.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.