O México enfrenta uma crise crescente com o fechamento de mais de 100 igrejas devido à intensificação da violência em Chiapas. A Associação de Pastores Evangélicos de Tapachula tomou a decisão de encerrar congregações em vários municípios da região, incluindo Chicomuselo, Mazapa de Madero, Frontera Comalapa, Bejucal de Ocampo, Bella Vista, El Porvenir, Siltepec, Amatenango de la Frontera e Motozintla.
A violência generalizada na área forçou pastores e membros a fugirem do crime organizado, tornando insustentável a continuidade das atividades religiosas. Gamaliel Fierro Martínez, presidente da associação, relatou que a situação atingiu níveis alarmantes, com membros das igrejas temendo pela própria segurança e buscando refúgio nas montanhas para evitar recrutamentos forçados por grupos criminosos.
Fiéis com medo de sair às ruas
A Igreja Católica também sofre com as consequências da violência, com fiéis evitando sair às ruas por medo. A crítica à inação do governo estadual e federal em lidar com o crime organizado é evidente, destacando a permissividade que permitiu a ascensão de grupos criminosos em diversos municípios.
Erika, residente de Frontera Comalapa, comparou a situação à pandemia, descrevendo não apenas o fechamento de igrejas, mas também de empresas e escolas, que agora operam remotamente. Relatos alarmantes incluem mais de três mil pessoas tomando a Câmara Municipal de Pantelhó, incêndios, saques e pressões militares nas montanhas de Chiapas.
Além dos deslocamentos e do clima de insegurança, a população local enfrenta escassez de alimentos, agravando ainda mais a crise. Gamaliel Fierro Martínez fez apelos urgentes às autoridades para garantir a paz na região e medidas concretas para enfrentar os desafios iminentes.
O fechamento das igrejas não é apenas uma resposta à violência crescente, mas um indicativo dos inúmeros problemas que afligem a população local. A crise exige uma ação imediata para restaurar a estabilidade e proporcionar segurança à comunidade afetada.