Ela desviou dinheiro da formatura na USP e hoje conseguiu seu registro de Medicina
Alicia Dudy Muller Veiga, ex-estudante de medicina da Universidade de São Paulo condenada por desviar fundos destinados à festa de formatura de sua turma, conseguiu registrar-se como médica no Conselho Federal de Medicina em dezembro de 2024.
A história de Alicia chamou atenção pela complexidade das alegações de estelionato e por seu impacto nas partes envolvidas. A defesa de Alicia argumenta que a divulgação contínua de informações passadas compromete a sua reintegração social, ressaltando a importância do direito ao esquecimento, um tema amplamente discutido nos tribunais brasileiros.
Acusações contra Alicia
A acusação principal contra Alicia envolveu o desvio de R$ 927 mil da comissão de formatura da faculdade de Medicina da USP. Esse montante foi supostamente utilizado para fins pessoais, incluindo apostas em lotéricas.
Além disso, ela enfrentava outras investigações por lavagem de dinheiro. Tais eventos foram descobertos quando seus colegas notaram um aumento inesperado em seu padrão de vida e apresentaram uma denúncia formal à polícia.
Como Alicia conseguiu o registro no Conselho Federal de Medicina
Apesar do histórico de acusações, Alicia obteve seu registro de médica no CFM em dezembro de 2024. De acordo com o site oficial da instituição, o número de registro de Alicia é CRM 267045-SP, estando em situação regular.
A possibilidade de obter este registro enquanto cumpre a pena de cinco anos em regime semiaberto levanta questões sobre os critérios e processos que o CFM adota para a inscrição de novos membros.
O que é o direito ao esquecimento?
O direito ao esquecimento é uma prerrogativa que visa proteger o indivíduo da exposição de atos passados que já cumpriram seu ciclo legal e que possam prejudicar sua vida futura. Este direito busca balancear a liberdade de informação com a necessidade de proteção à privacidade do indivíduo.
A defesa de Alicia insiste que sua constante exposição midiática prejudica sua reintegração social e viola esse direito.