A tempestade se aproxima do Bolsa Família: mais de 300 mil cortados e a lista só cresce

No final de 2024 e início de 2025, o programa Bolsa Família, um dos principais mecanismos de assistência social no Brasil, passou por alterações significativas. Essas mudanças resultaram na exclusão de 325 mil beneficiários, o que impactou uma vasta gama de municípios no país.

A redução dos beneficiários faz parte de um esforço do governo federal para otimizar a distribuição dos recursos, assegurando que eles cheguem às famílias que realmente necessitam. Os ajustes geraram discussões sobre os critérios utilizados para a exclusão e inclusão no Cadastro Único.

Como ocorrem os cortes no Bolsa Família

Os cortes no programa resultaram de uma revisão cadastral que ocorreu entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025. Essa revisão reduziu o número de famílias atendidas de 20,8 milhões para 20,4 milhões, representando uma diminuição de 1,56%.

Além disso, os gastos mensais com o programa também diminuíram devido a essa reavaliação sistemática dos beneficiários.

O objetivo principal desta revisão é corrigir inconsistências no Cadastro Único, garantindo que os benefícios sejam distribuídos de maneira mais justa. As exclusões fundamentaram-se em diversos fatores, incluindo inconsistências nos dados fornecidos pelas famílias.

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) destacou que as exclusões ocorreram após uma análise detalhada dos cadastros. Os principais motivos para as saídas incluem:

  • Renda incompatível: Divergências entre a renda declarada e a verificada;
  • Composição familiar desatualizada: Informações desatualizadas sobre membros da família;
  • Dados inconsistentes: Cadastros com registros conflitantes;
  • Falta de atualização: Famílias que não atualizaram seus dados no sistema.

Estados mais afetados

Com a modificação nos cadastros, cerca de 90% dos municípios brasileiros experimentaram uma redução no número de beneficiários do programa.

Das 5.021 cidades afetadas, a maioria testemunhou uma queda, enquanto 425 municípios viram um aumento no número de famílias incluídas no sistema. Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais foram alguns dos mais afetados.

Apesar das recentes exclusões, o governo federal planeja intensificar ações de busca ativa e melhorar mecanismos de inclusão social e geração de renda para os mais vulneráveis.

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