Já pensou em ‘vender’ seu olho? Comércio cresce em São Paulo e assusta brasileiros
Nos últimos tempos, a prática de vender a íris, especialmente em grandes centros urbanos, tem ganhado destaque. Esse procedimento, aparentemente inofensivo, esconde riscos e levanta preocupações sobre o uso dos dados biométricos coletados.
A facilidade e rapidez com que as transações ocorrem, atraindo muitas pessoas, são motivos de alerta para os especialistas da área.
Esses escaneamentos ocorrem em locais movimentados, como a famosa Avenida Paulista, onde indivíduos buscam alívio financeiro sem compreender completamente os possíveis desdobramentos de compartilhar suas informações biométricas.
Empresas de tecnologia se interessam em adquirir essas informações para diversos fins, prometendo rapidamente um retorno financeiro pelo acesso aos dados biométricos.
Para que serve o escaneamento da íris?
A íris é uma das formas mais precisas de identificação biométrica disponíveis atualmente, oferecendo um nível de segurança superior às digitais.
Com isso, algumas empresas têm investido nesse tipo de identificação como forma de confirmar a identidade de uma pessoa e diferenciá-la de sistemas automatizados, como robôs.
Além disso, a íris possui a vantagem de não alterar significativamente ao longo do tempo, ao contrário das impressões digitais que podem sofrer desgastes.
Essa característica de precisão faz com que o escaneamento da íris se torne um atrativo para setores que necessitam de alta segurança em identificação. No entanto, a falta de informação e transparência sobre como essas informações serão utilizadas no futuro é uma preocupação legítima expressa por especialistas e autoridades de proteção de dados.
Riscos do escaneamento da íris
Uma das principais preocupações do escaneamento da íris envolve o potencial uso indevido dessas informações, que poderiam possibilitar irregularidades ou até mesmo práticas criminosas.
Trata-se de uma forma de identificação única e sensível, cujo compartilhamento irrestrito pode violar a privacidade dos indivíduos.
Autoridades, como a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), já estão cientes da prática e iniciaram investigações a respeito. Ainda assim, a recomendação vigente para aqueles que consideram essa troca de dados por dinheiro é refletir profundamente sobre os riscos envolvidos.