Urgente: agência anuncia proibição de ingrediente popular em balas, bolos e bebidas
Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) anunciou recentemente a remoção do corante eritrosina da lista de aditivos alimentares aprovados. Este corante, conhecido também como vermelho n.º 3, já havia sido banido de cosméticos há mais de três décadas devido a preocupações sobre potenciais riscos à saúde.
Agora, a sua utilização em alimentos e medicamentos está com os dias contados no mercado norte-americano.
Grupos de defesa do consumidor e legisladores pressionavam a FDA há anos, citando estudos que associaram o componente a casos de câncer em camundongos. Embora esses estudos específicos tenham levantado bandeiras vermelhas, as conclusões quanto aos efeitos sobre os seres humanos ainda são debatidas.
Nos Estados Unidos, a eritrosina é utilizada principalmente em produtos alimentares como balas, gelatinas, bolos e cerejas em conserva.
Eritrosina
Eritrosina é um corante sintético derivado do petróleo, cuja coloração varia do rosa ao vermelho. O nome “eritrosina” vem do latim “eritro”, que significa vermelho. A aprovação inicial do aditivo nos EUA ocorreu em 1907 e, desde então, seu uso foi expandido para uma variedade de produtos alimentícios e farmacêuticos.
Na década de 1980, pesquisas indicaram que altas doses de eritrosina poderiam causar tumores em ratos devido a um mecanismo hormonal específico daqueles animais.
Esta descoberta levou a proibições e restrições em várias partes do mundo, incluindo Austrália, Japão e União Europeia. Embora a FDA agora tenha decidido por restringir seu uso, o impacto sobre a saúde humana com o consumo atual do corante ainda gera discussões.
A Eritrosina na indústria alimentar global
O impacto da retirada do vermelho n.º 3 vai além dos Estados Unidos. Países como Austrália e Japão já restringiram ou baniram o uso do corante, enquanto muitos membros da União Europeia seguem diretrizes semelhantes, mostrando um movimento global em direção à eliminação de aditivos controversos.
Empresas americanas, inclusive, já começaram a retirar o corante de seus produtos.
No Brasil, a eritrosina ainda aparece em diversos produtos, como confeitos granulados e cerejas em calda, mas as discussões sobre sua segurança podem influenciar futuras decisões regulatórias da Anvisa.