Uma operação policial recentemente desmantelou um esquema de fraude envolvendo azeite adulterado no município de Cravinhos, interior de São Paulo.
A operação, conhecida como “Getsêmani II”, ocorreu em colaboração entre a Polícia Civil de São Paulo e do Espírito Santo, com o apoio das Vigilâncias Sanitárias locais.
O foco da intervenção era coibir a adulteração de azeite extravirgem, um produto de consumo elevado e frequentemente alvo de manipulações fraudulentas no Brasil.
Durante a ação, foram apreendidos 10 mil litros de óleo composto, além de milhares de garrafas, corantes e essências utilizados para mascarar a fraude. Equipamentos de falsificação, como bobinas de rótulos e dispositivos eletrônicos, também foram confiscados.
Por que as fraudes em azeite são comuns?
A adulteração de azeite é um problema frequente, devido ao alto valor de mercado do produto genuíno.
O azeite extravirgem passa por processos de produção rigorosos, o que acarreta um custo maior. Como resultado, produtos mais baratos e de qualidade inferior, como óleos compostos, são frequentemente misturados com azeite verdadeiro para cortar custos e aumentar lucros ilegitimamente.
O consumo de óleo adulterado pode resultar em ingestão de substâncias nocivas e na falta de benefícios nutricionais associados ao azeite puro, como antioxidantes e ácidos graxos.
Como identificar um azeite adulterado?
Consumidores devem ficar atentos a algumas características que podem indicar a adulteração do azeite:
- Preço muito baixo: Se o preço está significativamente abaixo da média de mercado, é provável que o produto não seja autêntico.
- Verificação do rótulo: Informações claras e detalhadas sobre a origem, validade e fabricante são necessárias. Rótulos mal impressos ou incompletos sugerem fraude.
- Consistência e cor: Azeite genuíno possui uma textura levemente espessa e uma cor que varia do verde ao dourado. Alterações na cor ou textura podem indicar adulteração.
Como denunciar adulterações de alimentos?
Denúncias de fraudes alimentares são essenciais para manter a integridade do mercado de alimentos.
Os consumidores podem denunciar suspeitas à Ouvidoria do Ministério da Agricultura e Pecuária ou procurar a Vigilância Sanitária local.
As informações fornecidas permanecerão sigilosas, e as denúncias ajudam a proteger os consumidores e a promover a segurança dos alimentos.